Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Recebemos a professora Elaine para falar sobre Escolas Internacionais: Tipos, Diferenças e Relações com o Ensino Brasileiro

Publicado: Quarta, 21 de Maio de 2025, 10h59 | Última atualização em Quarta, 21 de Maio de 2025, 13h01 | Acessos: 59

Recebemos a professora e pesquisadora Ma. Elaine Ferreira, sua pesquisa tem como foco as Escolas Internacionais, é Baiana e atualmente vive na cidade de Phoenix no Estado do Arizona – Estados Unidos, desenvolvendo seus estudos sobre Inteligência Artificial, um campo que tem requisitado profissionais de diversas origens, hoje utiliza sua habilidade como professora no Brasil para o desenvolvimento de Algoritmos que são treinados para atuar em diversos idiomas, campo que tem crescido nas organizações privadas. Atuou em várias redes de ensino internacionais e possui formação no método Oxford

Segundo Elaine, as diferenças entre as escolas internacionais e as escolas brasileiras evidenciam, de forma contundente, as desigualdades presentes no campo educacional. As escolas internacionais, especialmente aquelas do tipo C, com recursos tecnológicos avançados, infraestrutura de ponta e acesso a currículos de renome mundial, tendem a atender às camadas mais favorecidas da sociedade, reforçando um padrão de educação de alta qualidade voltada para uma elite social e econômica. Por outro lado, as escolas públicas brasileiras muitas vezes enfrentam desafios relacionados à infraestrutura precária, falta de recursos e limitações na oferta de metodologias pedagógicas inovadoras, perpetuando as desigualdades sociais e econômicas que caracterizam o país.

Assim, a internacionalização da educação, embora promova uma maior diversidade de ofertas e possibilidades de formação, também contribui para o fortalecimento das distinções sociais, criando um cenário em que o acesso à educação de qualidade permanece desigual. Esses fatores reforçam a necessidade de políticas públicas que promovam o acesso equitativo às melhores práticas e recursos educacionais, na tentativa de reduzir a distância entre diferentes segmentos da sociedade e garantir que a educação, enquanto direito, seja efetivamente universal e inclusiva.

Como contribuição aos acadêmicos de escolas internacionais, deixo uma breve explicação do que seja escola internacional e quais tipos, diferenças e relações com o ensino Brasileiro. Este breve texto não se trata de um ponto final, mas o início de uma jornada. 

As escolas internacionais vêm crescendo ao redor do mundo, oferecendo uma formação voltada para uma educação globalizada, muitas vezes com currículos, metodologias e idiomas de países diferentes do local de sua instalação, O Brasil é um dos principais destinos das escolas internacionais.

Elas atendem a diferentes públicos e propósitos, podendo ser classificadas em três principais tipos:

Tipos de Escolas Internacionais:

Tipo A (Tradicional): Atendem principalmente às famílias de expatriados ligados a multinacionais, diplomatas ou com empregos temporários no exterior. Geralmente oferecem currículos e diplomas do país de origem, como o britânico, americano ou canadense. Essas escolas costumam ser pequenas, privadas, financiadas por taxas dos pais, e seus estudantes são maioritariamente expatriados de países ocidentais, com o inglês como língua principal.

Tipo B: Focam na formação de cidadãos globais, promovendo temas de paz, cidadania mundial, empreendedorismo e pensamento crítico. Costumam adotar currículos internacionais reconhecidos, como o IB (International Baccalaureate). São voltadas tanto a expatriados quanto à comunidade local que busca uma educação com visão internacional.

Tipo C: Cresceram nos últimos anos, atendendo à crescente classe média de países em desenvolvimento. Essas escolas costumam oferecer conteúdo em inglês, muitas vezes de forma privada e com fins lucrativos, ajudando estudantes a acessarem universidades renomadas internacionalmente e a competir no mercado de trabalho global. Servem como símbolo de ascensão social devido ao seu alto valor de mensalidade.

Diferenças Percebidas entre os Tipos de Escolas Internacionais e as Escolas Brasileiras:

  • Público-alvo: As escolas internacionais típicas atendem a expatriados ou famílias que desejam uma formação global, muitas vezes com recursos financeiros maiores. As escolas brasileiras públicas e muitos particulares tradicionais atendem à maioria da população local, com foco na formação nacional.
  • Currículo: As escolas internacionais oferecem currículos reconhecidos globalmente e com forte ênfase na multiculturalidade. As escolas públicas brasileiras seguem os currículos nacionais, que priorizam o conhecimento local, a formação cidadã e o desenvolvimento de competências específicas para o contexto brasileiro.
  • Metodologia e Objetivos: As escolas internacionais buscam formar cidadãos globais, com ênfase em pensamento crítico, habilidades interculturais e uma abordagem por projetos e metodologias inovadoras. As escolas brasileiras tradicionalmente concentram-se na transmissão de conteúdos, com ênfase em exames e avaliações nacionais, embora haja também exemplos de metodologias inovadoras no ensino, sobretudo na Educação Básica.
  • Infraestrutura e Recursos:As escolas internacionais, especialmente as do tipo C, tendem a possuir infraestrutura moderna, laboratórios bem equipados, recursos tecnológicos avançados e ambientes de aprendizagem mais flexíveis. Muitas escolas públicas brasileiras enfrentam desafios de recursos limitados, infraestrutura precária e menos acesso a tecnologias atuais.
  • Objetivos de Educação: Enquanto as escolas internacionais promovem a formação de cidadãos do mundo, promovendo valores de paz, cidadania global e empreendedorismo, o sistema educacional brasileiro tem uma forte ligação com a formação cívica, cultural e social ligada à história, à língua portuguesa e aos valores nacionais.

Gratidão Elaine!!

 

Fim do conteúdo da página